[Fernando Botero, leitora]
A
porta é verde
Oh
meu deus! Minha sensualidade...
Porém
a tristeza em meus olhos quase cerrados
Quase
cansados de tanto ler
Exortam
à alma: - saia de mim!
Abusa
de minhas carnes
Que
quase não cabem em si.
A
porta é verde
O
livro é verde
Porém
a parede é no contragosto
Feita
de um alaranjado em cruz
E
dentro das cruzes, pequenas,
Reencontro
as palavras poéticas
Fugidas
do pequeno volume
Em
minha mão esquerda.
Só
o livro me recebe
Só
estas folhas distribuídas ao meio
Me
sabem.
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