[este poema foi escrito para Aimée, e consta da série "poesia vária" ainda inacabada]
o
traço do lápis te escapa
e tu
ainda não sabes
como
é eterno o traço negro do lápis!
pois no debuxo que traças
entre
dedos e palavras
soltam-se
os espaços largos
em
tuas imagens de mundo.
e se
acaso te equivocas
entre
uma idéia, uma cor,
aquela
música que ouvias,
teus
sentimentos de amor...
o
lápis já na folha correu.
te
apressas, eu sei, antes
que o sol escalde os desejos;
ordenas,
minha amiga indômita,
a
extinção das marcas do teu sentir –
mas
não podes, a borracha que usas
mais
aclara teus segredos.
vê,
no papel de lápis apagado,
entre
os vincos do teu borrado,
lá
no fundo da página branca,
restam
traços marcados no tempo
e tu
não podes romper as barreiras
que
um cristalino de carbono
enodoou
na vida que te refaz.
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