Um cachorro costumava saltar as pequenas lagoas do pátio
Onde morava
O cão e sua dona.
O cão e sua dona muitas vezes pela manhã redonda
Escondiam-se um do outro
No amor inexplicável.
No amor inexplicável indissoluto vibrante
A vida corria solta generosa
No peito do cão nos olhos da dona.
Mas um dia turvou-se-lhe a visão
E o peito do cão repentinamente estacou:
Ah dor tremenda! A dor horrenda!
A dona sem olhos, o cão sem peito
E o assassino brutal
Passeando suas ignomínias.